É simples engravidar depois dos 40 anos?

A fertilização in vitro consiste basicamente na fecundação do óvulo em laboratório que irá formar o embrião. As chances desse método são maiores do que as naturais porque permite a extração de 1 a 3 óvulos do organismo da mulher antes da inseminação. No método natural, a mulher libera apenas um óvulo por mês.

A mulher nasce com uma população de folículos, espécie de bolsas onde ficam os óvulos. A cada ciclo menstrual, alguns folículos são recrutados. Um deles se desenvolve e cresce até a ovulação e é descartado durante a menstruação. Isso acontece todos os meses ao longo da vida fértil da mulher. Após os 30 anos de idade, para se ter uma ideia, mais da metade dos óvulos já foram liberados no ciclo menstrual. “Tanto a quantidade como a qualidade dos óvulos caem exponencialmente”, afirma o médico Edson Borges, diretor clínico do Centro de Fertilização Assistida Fertility, em São Paulo. E isso vale tanto para o método natural quanto para o artificial.

As mulheres de 40 anos devem ainda considerar uma outra questão: o envelhecimento natural do organismo aumenta os riscos de alterações cromossômicas, responsáveis por síndromes genéticas, como o Down. “Em pacientes de 30 anos, o risco do bebê nascer com a síndrome é de 1 a cada 900. Aos 40 anos, esse risco é de 1 a cada 100.”, diz Borges.

Por isso, se os médicos pudessem eleger uma idade ideal para as mulheres engravidarem seria entre 25 e 30 anos. O dilema é que nessa faixa etária muitas mulheres estão comprometidas com estudo, carreira ou outras prioridades e acabam postergando a gravidez. Diante desse cenário, uma saída apontada pelos especialistas é o congelamento de óvulos (que também deveria ser feito até por volta dos 30 anos, diga-se de passagem). Os óvulos mantêm as características da idade em que foram conservados.

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