Cada vez mais mulheres podem escolher quando ter um bebê

Matéria publicada no jornal britânico The Guardian afirma que o acesso às técnicas de fertilização in vitro têm permitido cada vez mais às mulheres se concentrar na carreira, com a certeza de que vão poder ter filhos mais tarde, quando julgarem que o momento é apropriado. Economistas que conduziram estudo nesse sentido, inclusive, estão comparando a popularização das técnicas de fertilização assistida ao impacto causado pelos contraceptivos no controle de natalidade. “A partir de agora, as mulheres podem ter mais calma para encontrar a pessoa certa para se relacionar, se formar na faculdade e conquistar outras especializações em sua vida profissional sem a pressão do relógio biológico”. Em Israel, 4% dos bebês nascem através da FIV, contra 1% nos Estados Unidos.

No Brasil, uma nova técnica – em teste – conduzida pelo Fertility Medical Group aumenta consideravelmente as chances de o tratamento de fertilização assistida dar certo logo de início. “Cada embrião costuma ser mantido, por alguns dias, numa gota de cultivo para crescer e fazer trocas metabólicas. Com a coleta de uma mínima quantidade desse líquido podemos analisar sua viabilidade e, consequentemente, suas chances de se fixar na parede do útero e dar início à gestação. Com esse método, temos conseguido aumentar de 20% para 70% ou 80% as chances de sucesso do tratamento”, diz o Dr. Edson Borges Junior, diretor científico do grupo. Na opinião do especialista, a partir do momento em que for possível diminuir o tempo que geralmente leva para um casal engravidar por técnicas de fertilização assistida, estará resolvido um dos grandes problemas que enfrentam esses casais: o estresse, a ansiedade e a sensação de frustração combinada com a expectativa de que as coisas deem certo. “Isso é muito gratificante e é nesse sentido que buscamos aprimorar nossas técnicas”, diz Borges.

http://www.theguardian.com/society/2015/aug/22/ivf-allows-women-delay-babies-pursue-careers