Na Califórnia, embriões congelados devem ser descartados após o divórcio

Recentemente, uma juíza da Califórnia (Estados Unidos) decidiu que ‘em caso de divórcio’ ambas as partes devem respeitar um acordo de descarte dos embriões criopreservados – ainda que esta seja, talvez, a única chance de a mulher ter filhos. Há três anos, na Pensilvânia, um juiz havia permitido que outra mulher ficasse com os embriões congelados por conta de um tratamento de câncer. De fato, essas questões sobre família, filhos, pensão alimentícia e herança são muito delicadas e, como o acesso a tratamentos de fertilização assistida vem aumentando, ainda teremos muitos impasses desse tipo pela frente. “A política mais adequada para garantir que essas disputas sejam resolvidas de forma clara é fazer cumprir as intenções das partes no momento da decisão em causa”, disse a juíza norte-americana. Ou seja, vale o que foi combinado antes de congelar os embriões.

De acordo com o Dr. Edson Borges Junior, diretor científico do Fertility Medical Group (FMG), seja por questões de saúde, seja porque a mulher opta por se dedicar mais tempo à carreira, o ‘projeto família’ vem sendo bastante adiado. Sendo assim, a criopreservação de óvulos desponta como uma opção muito interessante, principalmente para mulheres entre 25 e 30 anos. Trata-se de uma decisão que não envolve disputa, pois o material congelado é apenas da mulher, e ainda exige menor custo – já que o congelamento de embriões implica, antes, no tratamento de fertilização assistida. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 50% no congelamento de óvulos no FMG.

 

http://abcnews.go.com/US/wireStory/judge-divorced-california-couples-embryos-discarded-35291601