Jogos Olímpicos podem comprometer fertilidade de atletas

Nos últimos 30 anos, a participação feminina nos esportes cresceu consideravelmente. Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, 44% de todos os atletas eram mulheres. A participação feminina nos jogos universitários também vem crescendo no mundo todo, inclusive no Brasil.  Mas a rotina de uma atleta olímpica não é fácil. Com exceção das oito horas diárias de sono – imprescindíveis para a recuperação física e emocional – é muito comum passar outras oito horas por dia se exercitando – entre treinos e condicionamento físico. O que muitas mulheres desconhecem é a repercussão que os esportes extenuantes podem gerar na saúde reprodutiva. “Embora o sedentarismo seja um problema de grandes proporções, a prática de exercícios intensos pode dificultar uma gravidez – exigindo, inclusive, ajuda médica especializada para ter um bebê. Mulheres com peso normal e que se exercitam demais, principalmente em modalidades como corrida, ginástica, ciclismo e natação, são as que mais se ressentem do problema. Sendo assim, é muito importante intercalar um tempo de recuperação para o corpo e a mente”, diz a médica Suely Resende, especialista em Medicina Reprodutiva e diretora do Fertility Medical Group de Campo Grande.

 

A especialista afirma que entre 30% e 50% das bailarinas profissionais não menstruam – o que ocorre também com 50% das corredoras profissionais, com 25% das corredoras amadoras e com 12% das nadadoras e ciclistas. “Além do ritmo dos exercícios, outras doenças femininas têm mais chances de ocorrer em função do aumento de umidade e calor na região íntima. É o caso da candidíase, da presença de fungos e bactérias na vagina. Quando não tratada corretamente, sintomas como coceira, ardência e irritação local acabam limitando as relações sexuais e, consequentemente, dificultando a gravidez”. Quando o assunto é fertilidade feminina, outro componente bastante impactante é o estado emocional da mulher. Tanto a ansiedade pela competição, quanto quadros de depressão desencadeados por uma derrota, ou por um eventual afastamento da atleta, podem gerar um desequilíbrio hormonal grave e, inclusive, reduzir o desejo sexual a quase nada. Quando isso acontece, é fundamental o envolvimento de todos que convivem com a atleta (familiares, amigos, técnico, médicos etc.) para que ela restabeleça sua saúde mental e física, bem como sua fertilidade.

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