Adolescentes expostos a pesticidas podem ter mais dificuldade para ter filhos

De acordo com Melissa Perry, coordenadora do Departamento de Saúde Ambiental e Ocupacional da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, homens expostos durante a adolescência a determinados tipos de pesticidas, como DDT e PCB, têm um risco muito maior de enfrentar dificuldade para engravidar a parceira. Isto porque essas substâncias, muito usadas ainda no combate de pragas que atacam plantações, resultam em espermatozoides defeituosos. O mais grave é que não só agricultores que lidam diretamente com esses pesticidas estão correndo risco, mas também quem consome produtos dessas plantações, e até mesmo a carne de animais e peixes que foram indiretamente contaminados.

Na opinião de Edson Borges Junior, diretor científico do Fertility Medical Group, a qualidade do sêmen humano está se deteriorando ao longo dos anos, em boa parte, por causa de maior exposição à poluição e aos agentes químicos. “É fundamental encontrar e reduzir os agentes que estão causando esse declínio da fertilidade masculina. Já é possível afirmar, entretanto, que o aumento da frequência de anomalias reprodutivas masculinas reflete os efeitos adversos dos fatores ambientais ou de estilo de vida: maior exposição a agentes ocupacionais e ambientais, medicamentos, doenças sexualmente transmissíveis e maus hábitos nutricionais, entre outros fatores a serem investigados”.

Já com relação à superexposição a substâncias tóxicas encontradas em pesticidas, tintas, e numa infinidade de produtos a que o homem está exposto, o especialista acredita ser necessário fazer um esforço mais consistente para se manter longe do que está afetando diretamente a saúde.  Além disso, é importante que as ações do Governo estejam alinhadas com essas novas descobertas da ciência para haver uma mudança realmente significativa capaz de evitar o agravamento da saúde da população.

 

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/articles/302012.php