Subfertilidade: você sabe o que é?

Causas comuns de subfertilidade feminina incluem desordens na ovulação, doenças nas trompas, adesões peritoneais, endometriose, anormalidades no útero e ter mais de 35 anos. Como 10% dos casos de infertilidade se enquadram na determinação “sem causa aparente”, é importante que sejam analisados dados disponíveis sobre a paciente e os tratamentos realizados anteriormente para que seja possível traçar um novo perfil de tratamento de fertilização assistida. De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, diretor do Fertility Medical Group, a indução da ovulação, por exemplo, é bem-sucedida em muitos casos, menos quando a paciente sofre de falência ovariana. Já a cirurgia é uma opção para pacientes com danos nas trompas, aderências, endometriose e anormalidades uterinas. Quando a infertilidade está relacionada à idade – inclusive, quando outros tratamentos não foram bem-sucedidos – a doação de óvulos se mostra o método mais eficaz disponível até agora. “Casais com infertilidade sem causa aparente podem ser tratados de forma eficiente com indução da ovulação mais inseminação intrauterina ou fertilização in vitro”. Diante disso, é importante não desanimar e buscar ajuda de um especialista em Medicina Reprodutiva.

 

Você lê os rótulos dos produtos que usa, inala ou ingere?

Agressões ao solo, água e ar têm sido tema de algumas discussões globais acerca do impacto sobre a vida na Terra.  Em muitos lugares, incluindo o Brasil, a população ainda é exposta a resíduos industriais perigosos. Estudos indicam que esses ‘disruptores endócrinos’ promovem alterações no sistema endocrinológico dos seres humanos, alterando a regulação dos hormônios e influenciando diretamente testículos, ovários, tireoide, metabolismo, desenvolvimento fetal etc. Ou seja, o sistema reprodutor está sob ameaça constante.

Os disruptores endócrinos costumam estar presentes em fórmulas de detergentes, produtos de higiene pessoal, resinas plásticas, tintas, agrotóxicos, fertilizantes etc. De acordo com Edson Borges Junior, diretor científico do Fertility Medical Group, eles conseguem mimetizar os hormônios naturais, inibindo a ação desses e desregulando todo sistema endócrino, com alto potencial de comprometimento do sistema reprodutor, causando infertilidade. “Esses componentes estão tão presentes no dia a dia das pessoas, que elas respiram, ingerem ou entram em contato com eles sem se dar conta da gravidade”. Entre as substâncias tóxicas persistentes, as mais sujas são DDT, PCB, aldrin, endrin, dieldrin, clordano, toxafeno, mirex, heptacloro, hexaclorobenzeno, dioxinas e furanos. Vale a pena conferir os rótulos!

 

Preste atenção: 38% dos homens inférteis têm sintomas de andropausa

As mulheres estão muito acostumadas a falar sobre a menopausa. Mas não é porque os homens não falam quase nada sobre o assunto que ele deixa de existir.  O fato é que o envelhecer altera a capacidade reprodutiva dos homens também, ainda que de modo mais muito lento.  Estudo divulgado no The Journal of Urology (Estados Unidos) revela que os sintomas de andropausa e disfunção erétil são comuns entre homens inférteis, afetando aproximadamente 38% deles. Edson Borges Junior, diretor científico do Fertility Medical Group, diz que os níveis de testosterona começam a declinar a partir dos 30 anos, mas não há estudos conclusivos que apontem em que idade o homem entra na andropausa. Normalmente, os sintomas são mais visíveis depois dos 50 ou 60 anos – quando alguns estão em novos relacionamentos e enfrentam dificuldade para ter um filho com a nova parceira.  Portanto, assim que percebem os primeiros sinais de andropausa ou enfrentam dificuldade para engravidar a parceira, os homens deveriam ser cuidadosamente examinados para identificar e tratar o problema – que   pode incluir desde uma terapia de reposição hormonal (testosterona), até um tratamento de infertilidade masculina, já que há sempre novas técnicas de captação espermática.

Fertilidade masculina é afetada durante trabalho pesado

Pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia (Estados Unidos), estudaram a relação entre o tipo de trabalho exercido, a saúde e a qualidade do sêmen de homens que estão tentando gerar um bebê. Publicados no jornal Fertility and Sterility, os resultados mostraram que 13% daqueles que exercem trabalho pesado, com esforço físico, tinham quantidade menor de espermatozoides. Outro fator que se mostrou relevante no estudo é o diagnóstico de hipertensão arterial. Pacientes com pressão alta apresentavam mais espermatozoides defeituosos. Isso é particularmente importante, já que muitos homens desejam ser pais depois dos 50 anos, em novos relacionamentos. Ainda nessa fase, o aumento de medicamentos ingeridos diariamente para manter a saúde em dia acaba interferindo também na contagem de espermatozoides. A boa notícia para quem está querendo ter um bebê é que esses fatores são passíveis de modificação. Portanto, considere um novo trabalho e converse com seu médico.