Fertility apresenta novos trabalhos no Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva

Entre os dias 17 e 21 deste mês acontece em Baltimore (Estados Unidos) o Congresso Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM2015), trazendo os estudos mais recentes sobre infertilidade, contracepção e menopausa. O Brasil segue muito bem representado pelo Fertility Medical Group, que participa com cinco trabalhos. Um dos que chamam muita atenção relaciona a endometriose com a qualidade dos oócitos (óvulos imaturos) e embriões. De acordo com o Edson Borges Junior, diretor científico do grupo e um dos autores, o objetivo desse trabalho foi investigar se realmente pacientes com endometriose – doença que acomete cerca de seis milhões de mulheres no Brasil – têm mais dificuldade para engravidar naturalmente e até mesmo para se submeter à fertilização assistida.

“Selecionamos apenas pacientes com idade igual ou inferior a 36 anos, e analisamos a influência da endometriose na competência dos oócitos e na formação dos blastocistos (embriões com cinco ou seis dias de vida), utilizando determinados parâmetros laboratoriais para essa avaliação (desenvolvimento laboratorial dos gametas e embriões).  Identificamos que, além de realmente comprometer a qualidade de oócitos e embriões, a endometriose gera impacto negativo nas taxas de implantação. Isso explica menores taxas de implantação e maiores taxas de cancelamento de ciclos nesse grupo de pacientes. O que não ficou comprovado foi a influência da doença nas taxas de fertilização, gravidez e abortos”, diz o especialista.